Ontem falamos do primeiro passo no estabelecimento de um bom plano de marketing pessoal. Quem leu com atenção deve ter percebido que o primeiro é ter consciente que há um plano de ação.
O segundo passo, em nossa visão, é desenvolver uma noção geral do que o mundo diz que faz e aquilo que você diz que faz.
Muitos dos mal-entendidos que ocorrem no dia a dia resultam de uma certa incapacidade das pessoas de perceber que atitudes de gentileza em relação aos outros não significam que elas são mais do que você nem que você vale mais que elas.
Como bons latinos nos alimentamos de mitos, e o principal deles (nunca assumido) é que não se deve dar espaços aos outros.
Acredite, há uma orientação profissional no mercado, de psicólogos a personal coachs que fazem seu “mercado” em cima da simples falta de educação.
Um exemplo? Aqui está na íntegra um pequeno trecho tirado de um desses portais supervendedores de felicidade sem muito esforço: “Our personal brand can change the way we live our lives and conduct our business”. Tradução: “nossa marca pessoa pode mudar o modo como vivemos e como conduzimos nosso negócio”.
Parece lindo. Não é. Se você transformar o que você é numa marca, essa marca será fruto de quem você é. O slogan acima pretende ensinar as pessoas a se transformarem em marcas, sem ter nada para mostrar. É puro ilusionismo.
Por isso, o lembrete básico é seja educado. Para ser educado terá de saber se você é educado. Estará dando-se a chance de saber mais sobre quem é. E melhorar tudo em sua vida. Quer melhor marketing pessoal?
Para finalizar, uma frase ainda muito ouvida no Brasil é: “Sabe com quem está falando?”. Quem diz isso embute o sentido de “Sou mais forte que você, sou melhor, sou mais bonito, sou mais autoridade”. Frase-símbolo de um Brasil que vai morrer logo.
Nos Estados Unidos, país rico e hegemônico, que confundem com autoritário, a frase mais conhecida é:”Who do you thing you are?”. Tradução: “Quem você pensa que é?”. E significa: “hei, você é igualzinho a mim, se você pode, eu posso”.
Com licença, isto é só um lembrete. Por favor, poderia abrir a porta? Desculpe, não percebi que você estava atrás de mim. Sim, as palavras sempre abrem portas. Para fechá-las, contudo, às vezes não é necessária nenhuma palavra.
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