quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O “apagão” do emprego no Brasil (2)

Por Márcio Teixeira
Diretor-executivo Prepara Osasco
marcio.teixeira@preparasp.com.br


Na semana passada, no primeiro artigo, escrevi que está se criando um fosso entre as várias categorias de emprego e que, por isso, o Brasil terá de importar mão-de-obra. É óbvio dizer, mas vamos dizer com todas as letras. Será mão-de-obra vinda de fora do País.
Hoje mostramos uma tendência, calcada numa pesquisa da IBM mundial, a qual mostra que o mercado de Tecnologia de Informação começará a dar prioridade a profissionais que tenham conhecimento no sistema de trabalho computadorizado baseado em clouding (nuvens).
É um termo que se aplica a trabalho em condições remotas, ou seja, à distância.
Queremos lembrar aqui que não se forma um profissional desses da noite para o dia. O profissional precisará saber operar o que já existe no mercado em termos de informática aplicada e, a partir daí, ir incorporando novas convergências tecnológicas.

Vejamos, agora, o que diz o estudo da IBM, que foi concluído no final de outubro passado.
Na verdade, uma pesquisa como essa mostra o que já está acontecendo.
Com a superaceleração de desenvolvimento de ferramentas informatizadas o setor de Tecnologia de Informação (TI) vai experimentar um salto com a adoção dos mecanismos que acionam o chamado sistema Clouding.
Segundo informação oficial da IBM, profissionais com habilidades em cloud computing e mobilidade serão os mais procurados nos próximos cinco anos.
O Estudo ouviu dois mil profissionais de TI. Destes, 91% esperam que a computação em nuvem supere as infraestruturas tradicionais como modelo primário de entrega de computação até 2015”, diz o relatório.
Além disso, 55% acreditam que, no mesmo prazo, as aplicações para dispositivos móveis superem os modelos tradicionais de desenvolvimento para PCs e servidores.
Como efeito colateral, os profissionais de data centers, que empregam milhares de pessoas, devem se preocupar em adquirir um grande número de novas habilidades relacionadas aos novos conceitos.
Diz o relatório: “A automação de tarefas reduz a necessidade de expertise em instalação de tecnologias e de aplicações, já que os fornecedores entregam produtos completos e integrados. Isso vai exigir uma mudança de área de uma boa parcela dos profissionais atuais”, afirmação de  Bob Getchell, diretor da empresa.
Getchel afirma que os funcionários dessas áreas devem aprender a projetar catálogos de serviços, definir templates de oferta, além de escrever fluxos de trabalho técnicos e de negócios para automatizar requisições de serviços.
Quem quiser aproveitar essa “onda” deve correr. Porque na segunda fase desse processo, os salários serão menores.
O tempo para se iniciar nesse segmento é agora.

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