quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A diferença entre algo bem-feito e algo "meia-boca"

Incrível, o texto a seguir é um primor de exemplo para todo mundo que pensa em reciclagem profissional.  Foi extraído do curso Dreamweaver, 
cuja redação exemplar de Tadeu Carmona faz merecer sérios elogios.


Leia e releia. Será proveitoso. 

Márcio Teixeira



Por Tadeu Carmona

A diferença entre uma coisa bem-feita e outras não tão bem-feitas é o modo como o trabalho começa. Existe um princípio metafísico que diz que uma coisa não pode nascer maior do que o objeto ou ser que a gerou. 

Aplicado ao mundo dos trabalhos profissionais, sobretudo na área de informática, esse princípio pode ser bem exemplificado:  da bagunça não pode nascer algo organizado, da mediocridade não pode nascer nada sensacional, do simplório não vai surgir nada sofisticado.

Quando a Internet firmou-se, na década de 1990, juntamente com a multidão das empresas pontocom que aproveitaram a explosão da Rede Mundial para ganhar dinheiro, a programação ou desenho de páginas em HTML se tornou equivalente a um curso de engenharia em alguma coisa muito sofisticada, como fazer foguetes ou consertar reatores nucleares. 

Criou-se até uma profissão, o webdesign, o “desenhista de webs”, um sujeito responsável por tornar uma página funcional e atraente ao mesmo tempo. Desde o início da Internet, várias pesquisas já foram feitas sobre o tempo que as pessoas gastam olhando uma página Web a procura do que desejam. Os resultados mostram que, se o desenho de uma página não atrai o usuário em até 5 segundos, ele se “desliga” do conteúdo e digita outro endereço. 

E essa chance é única: ao contrário do que acontece com o controle remoto da televisão, o usuário da Internet não dá um zapping por tudo que está disponível e retorna no final ao mesmo canal.

Bom, não é a toa que as empresas pontocom faliram. Páginas bonitas e atraentes – como as que as pesquisas advogam como as ideais para a conquista da audiência – não podem sair de algo tão simples, linear e, literalmente, textual como o HTML. HTML puro, processado em modo texto, gera conteúdo escrito formatado e distribuído em certo leiaute – uma página limpa e organizada (ou nem tanto, dependendo do designer), mas nada mais que isso. Não existem grandes recursos, ou ao menos não existem recursos que valham a pena. Afinal, o maior não pode sair do menor.

Por que não fazer, então, com que a fonte fique maior? Foi o que a Macromedia fez ao lançar o Dreamweaver, uma ferramenta gráfica de produção de sites que permite a edição manual de código HTML, ao mesmo tempo em que possui uma interface no formato inserir arrastar-e-soltar, comum à maioria dos programas do Windows. Você quer trabalhar com formulários dinâmicos e scripts? 

O Dreamweaver possibilita a inserção de objetos de outras linguagens de programação ainda durante o desenvolvimento da página, e ajuda a atrelar uma ação programada a um objeto criado anteriormente. Quer criar menus deslizantes? O Dreamweaver foi a primeira ferramenta que possibilitou a criação desse tipo de design, muito antes das facilidades do Flash e do Java.

Por falar em Flash, o Dreamweaver também permite a inserção de conteúdo Flash dentro de páginas HTML, ou a montagem de banners e janelas de aplicativo. Isso sem falar nas opções de segurança, servidor FTP próprio, arquivos virtuais...

Largue seus códigos HTML escritos no Notepad, esqueça o Front Page, relegue os editores de código “simpáticos” ao esquecimento. Se você quer uma coisa grande, bem-vindo ao mundo do Dreamweaver".

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